A
Trilogia criada pelos irmãos Nolan (Christopher e Jonathan) quebra aquela
rotina nos filmes de Super-heróis, como muito vista nos filmes anteriores da
franquia Batman, outros heróis da DC e até da Marvel, em que todo herói só era
retratado como aquele ser com capa, que bate no vilão e salva o dia. Mostrando
apenas uma visão superficial das histórias em quadrinhos (HQs).
Seu
elenco é o bicho, Christian Bale se superou a cada filme, tendo uma atuação e
interpretação incorporando um novo Batman que vinha sendo apenas um playboy
charmoso e vingador noturno. Vemos um Alfred (Michael Cane) mais participativo
e preocupado, sendo o real conselheiro de Bruce Wayne, quebrando a sequencia de
Alfreds que eram enfeite de fundo. Esses são os únicos filmes da franquia que
mostram o Comissário Gordon (Gary Oldman) como ele realmente é, um Gordon, um
policial honesto, que luta por justiça e é foda! Vemos isso na animação e HQ,
Batman Ano Um. E a grande participação de Lucius Fox (Morgan Freeman), o grande
fornecedor por traz do Batman, acabando com o mistério, de onde veio todos os
equipamentos do Batman?
# O
primeiro filme explora a figura do Batman como um símbolo, incorruptível,
intocável e inspirador. Parafraseando:
“Como Bruce Wayne posso
atingido e até morto, mas como Batman sou imortal”.
Mostra um novo Batman, com uma
armadura e equipamentos novos, sendo realista e mostrando quais suas origens
(por sinal muito coerente). Temos um
novo Batmóvel, uma escolha bem interessante, já que não daria pra usar aquele
carro enorme com uma turbina de avião, como nos outros filmes. Ele novo veículo
vem bem a calhar já que a maioria dos filmes ele tem que quebrar paredes e
bater em outros carros.
Sua armadura não é aquela coisa
gay que apareceu no filme “Batman e Robin”, em que os trajes tinham bicos dos
peitos e pareciam ser feitos plástico. Agora sua armadura é resistente, e
realmente é uma armadura, que aguenta os tiros que obviamente ele vai levar.
Sua tecnologia é bem notável, e dentro do possível.
Com destaque para a primeira vez que é colocado o Espantalho como vilão, que foi muito bem interpretado (Cillian Murphy)
Com destaque para a primeira vez que é colocado o Espantalho como vilão, que foi muito bem interpretado (Cillian Murphy)
# O segundo filme, é onde mais encontramos o estudo do comportamento humano feito por Nolan. Destaco as cenas em que relator de finanças queria revelar a identidade do Batman, mas foi colocado a prêmio pelo Coringa, e a grande intriga entre os navios da população e dos prisioneiros. Percebemos que o ser humano, em momentos críticos, para proteger-se ou a outro(s) se torna selvagem, as leis não importam, a civilidade desaparece e perde-se a razão.
E o grande trunfo de Nolan
é o segundo filme, logo ao final dele, quando se mostra a verdadeira definição
de herói. Mostra que herói não apenas aquele que tem uma capa, prende ladrão,
tem poderes e fica com a moça linda. O verdadeiro herói é o que traz paz para a
humanidade, não importando como, mesmo que ele se passe por vilão, mesmo que
ele seja odiado. Ele se sacrifica por todos, e isso é a verdade, é a realidade.
O Coringa é o nome do filme, ele
é o caralho! É incrível que mesmo tendo o Batman e o Duas Caras na história,
mas mesmo assim ele toma o espaço, sendo o grande destaque. Sua interpretação é
histórica, desde o Darth Vader não encontrava um vilão tão marcante. Chega uma
parte do filme que você começa a torcer pro Coringa ganhar e não o Batman. Com
certeza será difícil aparecer um vilão melhor que o Coringa de Heath Ledger.
O diferencial desse novo vilão e
personagem é sua psicopatia. Deixou de ser aquele Coringa tão brincalhão para
ser mais maníaco. Mostrando ser o verdadeiro desafio do Batman, um vilão sem
medo, insano e frio (Como nos HQs).
# No último filme e terceiro filme, é mostrado um Batman aposentado, escondido, como consequência de ter se tornado um “vilão” no último filme. Sendo a verdade após revelado após por Bane.
Explora novamente o comportamento humano em
meio a crises. Bane traz um estado de socialismo a Gothan, “deixando o poder
nas mãos da população”.
Bane é um vilão com boas
intensões, mas de maneira errada, ele é o novo desafio para Bruce Wayne que
agora está todo acabado, uma ótima interpretação de Tom Hardy. Mas o que achei
legal foi o fato da engenhosidade de Nolan, que conseguiu desfaçar a grande
perda de Ledger durante o segundo e o último filme, em que você só se pergunta
cadê o Coringa no final do filme e fica com duvida do que aconteceu com ele no
final do filme anterior.
Gostei bastante do Joseph-Gordon
Levitt como novo Robin, não sendo mais aquele garotinho que ajuda o Batman, mas
sim um justiceiro em formação.
Temos a novidade de Talia al Ghul,
que foi surpreendente.
E não podíamos não falar da nova
Mulher-Gato, que foi interpretada por Anne Hathaway. Agora a Mulher-Gato é bem
mais sofisticada, sem poderes como foi feita naquela droga pela Halle Berry.
Temos uma personagem mais fiel ao HQ, uma ladra, que conquistou todos.
Mas
nem tudo que podemos falar da trilogia Batman de Nolan é bom.
Primeiro que os filmes deveriam ter mais um capitulo e uma hora mais cada um;
Segundo Nolan poderia ter abusado mais de atores de elite;
Porém, todos podemos concordar que a obra desse grande artista que é Christopher Nolan nos remete uma realidade que por muitos é esquecida, especialmente pessoas que vivem num conto num fadas ,a realidade nua e crua que tanto queremos maquiar em livros muito românticos, filminhos da Disney , e musicas descartáveis (como o sertanejo universitário ,pagode universitário, funk....é não tem universitário..kkk. ainda tá na alfabetização), uma realidade tão deplorável que a nossa espécie por conta .
Christopher Nolan, desde então, mudou o “cinema de heróis”, sendo mais próximo do real e científico em suas histórias. Cada vez mais explorando a psique humana, a definição de heroísmo e sendo mais fiel aos HQs. Ele evoluiu essas histórias servindo de inspiração para vários filmes após, copiando esse lado mais real e humano dos heróis, mostrando que eles não são deuses, mas sim “mortais com vantagens”.
E para finalizar, acredito que a
trilogia Batman Cavaleiro das Trevas foi perfeita, é super difícil você
encontrar uma trilogia que a história não falha no último filme, e Nolan
conseguiu. Mostrando que até no último segundo que o Batman é o maior Herói de
todos os tempos, que ele exerce o verdadeiro heroísmo.
“- E
as pessoas não devem saber quem é o herói que as salvou?
- O
Herói pode ser qualquer um, mesmo um homem fazendo algo tão simples e reconfortante,
como colocar um casaco nos ombros de um menino pra que ele saiba que o mundo
não acabou.”
Batman
Por Bruce Nolan
Sam Witwicky
Vicent Meridius
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