Olá pessoal, o Saída de
Emergência volta com seus posts polêmicos em cima de notícias atuais, e a
notícia que escolhi foi publicada pela Folha de São Paulo no último domingo
(10), se trata da novidade em segurança feminina, criada pelos EUA a “CALCINHA
ANTIESTUPRO”.
Tudo se trata de uma
calcinha chamada de AR WEAR (Anti-Rape = Antiestupro), que tem como objetivo
dificultar a tentativa do estupro. Feita por um tecido que incrivelmente não
consegue ser cortado por faca, tesoura e outras lâminas. E para finalizar essa
calcinha tem uma espécie de cadeado na cintura, que eu particularmente olhei a
imagem na internet e não entendi como funciona, a diferença é que esse “cadeado”
não precisa de chave e sim de uma combinação que a usuária vai ter que
memorizar.
Para leitura completa da notícia acesse o site:
Mas pense da seguinte
forma: E se a mulher que tiver usando estiver voltando para casa e está
querendo ir ao banheiro, quando chega até lá ainda tem que se lembrar qual é a senha
da calcinha?
Tem gente que colocar o
navegador pra lembrar a senha do Face, como alguém ainda tem que lembrar disso?
Tem gente que esquece a senha do bloqueio de tela do celular, do cartão, do
próprio número do telefone, e pior ainda se for o CPF. Meio dramático, mas é
verdade.
Vamos pensar no momento do
estupro, a apresentação dessa novidade foi pra mim muito idiota, veja o que foi
dito:
“O texto de
apresentação do projeto diz que a peça transmite ao estuprador a ‘mensagem
clara de que a mulher não está consentindo’."
É sério?! É
mesmo Percival? Com certeza deve ser isso mesmo, o estuprador não sabe que a
mulher não quer ser estuprada, com certeza vai acontecer dessa maneira:
- Bora abre as pernas!
- Eu não quero! Me larga, socorro!
De repente o
estuprador ver a calcinha antiestupro
- Desculpa moça, eu não tinha visto que você tinha a calcinha
antiestupro e não queria ser estuprada, desculpa, vou tentar estuprar outra
garota que eu encontrar. Tenha uma boa noite!
Ou com certeza o
estuprador vai se tocar quando vir a notícia:
-
Caraca, então a mulher não quer ser estuprada, eu jurava que aquela garota da
semana passada queria, eu tenho que ser mais atento da próxima vez que ela
dizer que não quer.
Se não fosse tão sério
seria cômico, essa não é a realidade, o estuprador se ele não conseguir
concluir o que ele quer ou ver a calcinha, com certeza, não irá embora
simplesmente e pedir desculpas. Ele poderá estuprá-la de outra maneira ou até
mesmo matá-la.
Nossa crítica não é ao
produto, essa tecnologia será de extrema importância para as mulheres que em
muitos casos são violentadas por monstros, já que não podemos chamar um
estuprador de ser humano. Porém criticamos a forma como ele foi apresentado, sua
tranca que de certa forma pode dificultar a própria usuária, pensar nas consequências
e apontar soluções mais satisfatórias.
O que realmente traria uma
verdadeira queda nos índices de estupros seria o aumento do contingente de policiais
nas ruas e uma melhor iluminação nas ruas, fora a responsabilidade pessoal de
seus atos, como tomando muita precaução por onde anda. Colocando para nossa
realidade macapaense, lugares como a Fortaleza de São José, praças e festas são
propícios a tais atos, fiscalização e iluminação ainda são precários nesses
lugares.
Por
Bruce Nolan
Fonte: Folha de São Paulo
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