quinta-feira, 6 de junho de 2013

As 10 maiores epidemias da história (OBS: Contém cenas fortes)

1. VARÍOLA
    
     Antes dos europeus colonizarem a América, tínhamos nesse continente um número de habitantes de aproximadamente 100 milhões de pessoas. Durante os séculos da colonização o número se reduziu de 10 a 5 milhões.
     Quando os colonizadores chegaram aqui, trouxeram com eles uma série de doenças, entre elas, a varíola (que era de fácil propagação, já que passava pelo ar e por contato direto com secreções do corpo) cuja imunidade os povos coloniais não tinham.

    
     Certo que povos como incas e maias construíram cidades e domesticavam animais, mas não moravam nas cidades tempo o suficiente para propagar qualquer doença que já existisse na América.
     A varíola provoca febre alta, dores no corpo e erupções que logo passam de protuberâncias e crostas cheias de líquido para cicatrizes permanentes.
     A vacina foi criada em 1796 e em 1967 a OMS iniciou um programa de vacinação em massa, o que extinguiu a doença, que hoje só existe em laboratório.

2. GRIPE ESPANHOLA

     
Em 1918 o fim estava vendo o fim da Primeira Guerra Mundial (que na época só era chamada de Grande Guerra), onde pelo menos 37 milhões de pessoas foram mortas.
     Porém, logo após isso, a gripe espanhola, ou gripe de 1918, matou mais 20 milhões de pessoas, e isso tudo em questão de meses, e  após um ano, quando a gripe sumiu, teria matado entre 50 e 100 milhões de pessoas. Muitos a consideram a pior epidemia (depois pandemia) registrada na história da humanidade.
    
    O organismo das pessoas no mundo inteiro estava despreparado para a doença, que provavelmente ganhou força graças ao transporte de tropas e as linhas de abastecimento no fim da Primeira Guerra Mundial, espalhando o vírus para vários continentes e países.
     A gripe de 1918 apresentava os sintomas típicos de uma gripe normal, como febre, náusea, dores e diarreia. Além disso, os pacientes frequentemente desenvolviam manchas escuras nas bochechas. Quando seus pulmões se enchiam de líquido, eles corriam o risco de morte por falta de oxigênio. Aqueles que morreram se afogaram com a própria secreção.

3. PESTE NEGRA (Peste Bubônica)

     
Com certeza você se lembra dela, ouviu sobre ela nas aulas de história, lembra da visão catastrófica que o professor passava quando metade da população europeia morreu dessa terrível doença.
Pessoas chegavam a ser enterradas de 2 ou 3 no mesmo caixão, o horror desolava toda a população.
     Considerada a primeira doença verdadeiramente pandêmica, a Peste Negra, em 1348 não só "acabou" com a Europa como também fez várias vítimas na Índia e na China.

    
     Como as condições de higiene na época eram as mais precárias (a média de consumo de água era de 1L/Dia, ou seja, nada de banho, o lixo acumulava nas ruas e isso atraia ratos), ratos eram atraídos, e com eles, suas pulgas, que transmitiam a doença pela picada.
     Os sintomas são glândulas linfáticas inchadas, febre, tosse, muco com sangue e dificuldade para respirar.

4. MALÁRIA

     
    A Malária é uma antiga conhecida da humanidade, afinal, há registros de 4 mil anos atrás, quando os gregos notaram seus efeitos destruidores. A descrição da doença transmitida por mosquito surgiu nos textos médicos antigos da Índia e da China. Até então, os cientistas associavam a doença às águas paradas onde os mosquitos proliferavam.
     A doença vem de um protozoário que fica nos mosquitos, quando o mosquito pica alguém, ele transmite esses protozoários e assim você adquire a doença.
     Uma vez no sangue, eles crescem dentro dos glóbulos vermelhos, destruindo-os. Os sintomas variam de moderados a fatais, mas, normalmente, incluem febre, calafrios, sudorese, cefaleia e dores musculares.

    
 É difícil obter números concretos de quantas mortes a malária causou, por exemplo, em 1906, os Estados Unidos empregaram mais de 26 mil trabalhadores para a construção do Canal do Panamá. Os organizadores hospitalizaram mais de 21 mil deles por conta da doença.
     Anualmente, entre 350 e 500 milhões de casos de malária ocorrem na África Subsaariana (o curioso é que o problema poderia ser resolvido com o uso de mosquiteiros, mas como essa região é extremamente pobre, nem para isso as pessoas tem dinheiro, sem contar que a região foi excluída das campanhas de erradicação da OMS).

5. TUBERCULOSE

     
     Outra antiga conhecida da humanidade, a bactéria que causa a tuberculose já foi encontrada até em múmias do Antigo Egito.
     A tuberculose é transmitida de pessoa para pessoa através do ar. A bactéria geralmente chega aos pulmões, causando dores no peito, fraqueza, perda de peso, febre, sudorese noturna e crises de tosse com sangue.
     Em alguns casos, a bactéria também afeta o cérebro, os rins  ou a coluna vertebral.

     No início do século 17, a epidemia de tuberculose na Europa, conhecida como a grande peste branca, matou aproximadamente uma em cada sete pessoas infectadas. A tuberculose era um problema comum na América colonial. Mesmo no fim do século 19, 10% de todas as mortes nos Estados Unidos eram atribuídas à tuberculose.
     Em 1944, os médicos desenvolveram o antibiótico estreptomicina, usado no combate à doença.
     Apesar das curas e dos tratamentos modernos, a tuberculose continua infectando cerca de 8 milhões de pessoas anualmente, matando, consequentemente, cerca de 2 milhões

6. CÓLERA
    
      Na Índia, a cólera sempre foi um perigo para a população, mas foi somente no século 19 que o resto do mundo conheceu a doença.
Nesse período houve muito comércio com o uso de navios com a China, o Japão, a África do Norte, o Oriente Médio e a Europa. Seguiram-se seis pandemias de cólera que mataram milhões de pessoas.
     Esses navios acabavam acidentalmente transportando a bactéria causadora da doença para todos esses lugares.

     
    As infecções geralmente são moderadas. Cerca de 5% das pessoas que contraem a doença apresentam vômito, diarreia e cãibras fortes nas pernas - sintomas que levam rapidamente à desidratação grave e à queda acentuada da pressão arterial. Pode-se contrair a bactéria através de contato físico direto com pessoa contaminada, mas a cólera se propaga principalmente pela água e pelos alimentos contaminados.
     No século 19, com a Revolução Industrial, se associou a doença ao ar ruim que havia nas cidades europeias, assim, algumas melhoras foram feitas, mas só quando se percebeu a relação com água contaminada e a doença  é que se teve diminuição nos casos da cólera.
     Assim foram feitos investimentos nos sistemas de saneamento e esgoto.
     A Cólera permanece e ainda mata muita gente até hoje.

7. AIDS
     
     O surgimento da AIDS, nos anos 80, levou a uma pandemia mundial, matando cerca de 25 milhões de pessoas desde 1981. De acordo com estatísticas recentes, 33,2 milhões de pessoas são HIV-positivas e 2,1 milhões de pessoas morreram de AIDS apenas em 2007.
     A AIDS é transmitida pelo vírus HIV, que se transmite pelo sangue, sêmen, líquidos vaginais e outros (Afinal, é uma DST).
     Essa doença enfraquece o sistema imunológico que é o responsável por defender nosso corpo de outras doenças, assim, uma pessoa não morre necessariamente de AIDS e sim de alguma outra doença oportunista, que tira proveito da deficiência do nosso organismo.
     
     Acredita-se que o HIV tenha sido transmitido para os humanos pelos macacos.
     O compartilhamento de seringas para uso de drogas, prostituição, guerras, pobrezas, sexo sem camisinhas e outros fatores contribuíram e contribuem para a propagação da AIDS.
     Não há cura ainda para a doença, mas existem medicamentos que retardam a doença e permitem que a pessoa consiga viver com ela.

8. FEBRE AMARELA
     
     Quando europeus começaram a trazer escravos da África, eles também traziam consigo uma série de doenças, entre elas, a Febre Amarela, que dizimou várias colônias, fazendas e até grandes cidades.
     Quando o imperador da França, Napoleão Bonaparte, enviou um exército com 33 mil homens às terras francesas na América do Norte, a febre amarela matou 29 mil deles. Napoleão ficou tão chocado com a quantidade de mortos que decidiu que o território não valia o risco de mais perdas. A França vendeu essas terras aos Estados Unidos em 1803.
     A febre amarela, assim como a malária, é transmitida de uma pessoa a outra através da picada de mosquitos. Os sintomas são febre, calafrios, cefaleia, dor muscular, dor nas costas e vômito. A gravidade dos sintomas varia de moderada a fatal e as infecções graves podem levar a sangramento, choque e insuficiência renal e hepática. A insuficiência hepática provoca icterícia, ou seja, a coloração amarelada da pele, que dá à doença seu nome.
     Apesar das campanhas de vacinação e das campanhas de controle do mosquito transmissor, a febre amarela ainda mata muitas pessoas na América do Sul e na África.

9. TIFO EPIDÊMICO

    
     Junte uma série de pessoas com péssimas condições de higiene e você provavelmente terá uma infestação de piolhos.
     Essa doença assolou a humanidade durante séculos, causando milhares de mortes. Dada sua frequência entre as tropas acampadas, geralmente era chamada de "febre do campo" ou "febre da guerra". Durante a Guerra dos Trinta Anos, na Europa, o tifo, a peste e a fome atingiram cerca de 10 milhões de pessoas. Algumas vezes, os surtos de tifo determinaram o resultado de guerras inteiras.

     
     Os sintomas do tifo epidêmico normalmente são cefaleia, falta de apetite, mal-estar e um rápido aumento da temperatura, que logo se transforma em febre, acompanhada de calafrios e náusea. Se não for tratada, a doença afeta a circulação sanguínea, resultando em pontos de gangrena, em pneumonia e em insuficiência renal. A febre muito alta pode evoluir para um quadro de delírio, coma e insuficiência cardíaca.
     O desenvolvimento de vacinas e o melhoramento das condições de higiene diminuíram muito os casos de Tifo Epidêmico, mas ainda existem casos em partes da América do Sul, da África e da Ásia.

10. POLIOMELITE
     
     Os pesquisadores suspeitam que a poliomielite foi uma epidemia que atingiu os humanos durante milênios, paralisando e matando milhares de crianças. Por volta de 1952, estima-se que houve 58 mil casos da doença apenas dos Estados Unidos - 1/3 dos pacientes estava paralisado. Desses, mais de 3 mil morreram.
     A causa da poliomielite é o poli vírus, que atinge o  sistema nervoso do homem. Dissemina-se por material fecal, normalmente sendo transmitido através de água e alimento contaminados. Os sintomas iniciais são febre, fadiga, cefaleia, vômito, rigidez e dor nos membros. Com isso, aproximadamente 1 em 200 casos evolui com paralisia. Embora normalmente afete as pernas, a doença às vezes atinge os músculos respiratórios geralmente com resultados fatais.
     

    Não existe uma cura efetiva para a poliomielite, mas os médicos aperfeiçoaram a vacina contra a doença no início da década de 50. Desde então, os casos nos Estados Unidos e em outros países desenvolvidos caíram drasticamente, e apenas algumas nações em desenvolvimento ainda apresentam a doença em níveis epidêmicos. Como os seres humanos são os únicos portadores conhecidos do vírus, a vacinação em massa praticamente garante a extinção da poliomielite.

OBS: Cefaleia = Dor de cabeça

Por Bruce Nolan



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